Eu não me recordo do nome dos Ministros da Educação do meu tempo de estudante. Por muito que me esforce não consigo encontrar um só nome na minha memória. Não tenho a mais pequena ideia da importância que tiveram na minha vida.: se gordos ou magros, altos ou baixos, justos ou injustos. Aos meus olhos de criança não existiram.
Recordo-me com reluzente memória, dos meus professores de sempre: da carinhosa firmeza do professor Silvano; do sempre bem disposto Professor Martins; da terna poesia da Professora Teresa Aparício; do generoso atento Professor José Abreu; da bondade do Professor José Rei; do sempre jovem Professor Júlio Leitão (é verdade! foi meu professor, como o tempo passa!) do genial Professor Eurico Carrapatoso, etc. Muitos tiveram igual importância, de muitos me recordo com igual memória.
Os tempos mudam. Os dias que hoje atravessamos, carregados de novos desafios, clamam por bom senso e lucidez. Estamos em tempo de avaliação. Constante avaliação.
Avaliação? Que novidade! Os meus avaliadores de sempre passam por mim e dizem-me: “Olá Professor. Não se recorda de mim?” e eu respondo “Claro que me recordo rapaz, estás um homem! Como cresceste!”
As reformas vêm, os ministros passam, os professores ficam para toda a vida.
Miguel Borges
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